10.10.05

Gêmeos

É engraçado se descobrir nos textos dos outros. A gente sempre pensa que nossa vida é única, que não existe ninguém que pense exatamente igual a nós, e muito menos que haja por aí “sentimentos siameses”, tão iguais aos nossos que quase acreditamos em transmissão de pensamento.

Às vezes me deparo com textos que – além da essência – as seqüências das palavras, o encadeamento das frases e até as paroxítonas usadas são tão similares, que vasculho meus escritos anteriores para saber se não tivera deixado dicas... epa! E se eu não conheço quem escreveu. E se o texto foi achado meio que sem querer, através de seqüências aleatórias de cliques soltos na imensidão da web...

Há quem creia que as atividades cerebrais podem ser captadas por certas pessoas, que se “antenam” por algum motivo, em algum instante, com nossas histórias ou sentimentos. Talvez por isso, ultimamente, tantas “coincidências” intelectuais tenham aflorado. Ou, por outro lado, as emoções quando direcionadas a razões sentimentais, se mostram tão singulares que forçam uma convergência gramatical.

Agora a pouco encontrei um texto que me remeteu a essa sensação que eu devera ter escrito isso, como acontece em certas canções, ou em certos textos que leio. A propósito, o texto em questão foi encontrado no estuário, site alimentado por Samarone Lima: professor, tricolor e dono de bar, fomentador desse lugar onde a arte e a vida se erguem em poesia, dele e dos seus amigos e leitores. Parabéns Sama, que as coincidências alfabéticas sejam compartilhadas por todos.

P.S.: Um dia, quem sabe, terei gabarito pra postar algo meu no estuário, nem que seja nos comentários.

Serviço:

Onde:
estuariope.blogspot.com

Quando:
Quando a essência precisar ser expelida

Por quê?
Porque é bom

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