5.5.10

Já fiz muita besteira e agora faço 39


Nunca fui de fazer comemorações homéricas no meu aniversário. Geralmente reúno um grupo de amigos em casa ou em um barzinho agradável e que tenha cartão de consumo individual, claro! Não é nem por pirangagem, mas, uma vez tive que morrer com quase trezentos contos na conta que a galera “esqueceu” de pagar. A amizade continua.


Agora com quase quarenta, sinto que acertei nesse quesito. Festas imensas são pra pessoas diferentes de mim (descolados). Sou mais reservado – não tímido –, gosto de tocar violão e de vodka com qualquer coisa. Gosto da gréia, mas, com moderação. Apesar de que agora basta tomar meia garrafa de Absolut que esqueço da noite anterior! Acho que é a idade, ou alguma substância desconhecida que tão botando na vodka.


Na infância e adolescência (e em menor escala na vida adulta) fiz muita merda. Enquanto não compreendi bem o porquê da gente estar aqui, as variantes emoções e as oportunidades relâmpago foram experimentadas sem pestanejar. Namorei com mais de uma, briguei no carnaval, perturbei a paz e os ambientes sociais, falsifiquei convites e até roubei bolo de 15 anos... ... ahh, afanei alguns chicletes no Balaio também!


Não posso dizer que me arrependi das grandes peripécias, por que nas ocasiões a gente achava que aquilo nem era tão errado assim. E além do mais, a maioria desses “crimes” já prescreveu. Mas, obviamente, algumas coisas eu trataria de maneira diferente, hoje.


Aos 39 sou um pai de família (de um casal), namoro firme, abandonei a academia, acabo de construir uma casa, eliminei o aluguel e acho até que vou fazer outra viagem e trocar de carro... de novo! A vida continua e ainda me sinto jovem. Tenho que dar bons exemplos pros meus filhos e perdoar as pequenas faltas que eles cometerem, afinal, eu sei o que é estar do outro lado!


P.S.: agora entendo, perfeitamente, o choque de gerações! É totalmente lógico!