26.10.06

No mato com um javali


Esse lance de cadeia cíclica dos acontecimentos me deixou um pouco apreensivo neste último mês. Talvez tenha sido influenciado por assistir, de novo, duas temporadas de Lost. Sei que estão acontecendo coisas inéditas na minha vida, como o acidente de carro (como é que alguém capota 4 vezes e sai sem nenhum arranhão?), ou a solidão (nunca fiquei sozinho antes, não como agora e por tanto tempo). Mas acho que tudo isso é conseqüência.

Foi exatamente esta palavra que ecoou ali... perto do hipotálamo, e ainda ecoa, quando faço algo que, digamos, não seja tido como um exemplo de boa conduta. Voltando a Lost, a frase exata, que atormenta o cafajeste da série é: “haverá conseqüências”, e se faz ouvir após uma maré de má sorte ancorar sobre o cara. Teve até javali tirando água do joelho em cima da mochila dele.

Comigo não acontece o mesmo que com Sawyer (é o cara), mas sinto que quando uma coisa não anda muito bem, deve-se a um certo “acerto” enviado por uma força superior. Acredito nisso. Creio em providência, já aconteceu muito ao meu redor. E se ela existe nos momentos difíceis e desesperadores, outra força inversa também atua, nos momentos em que precisamos de um puxão de orelha. Alguns chamam de castigo, mas prefiro considerar como alerta!

Nos relacionamentos acontece isso também. Se estamos sós, esperando ou sofrendo por outrem agora, não é por acaso. Basta fazer uma reflexão mais precisa, um “mini-fashback”, que descobriremos atos parecidos, praticados por nós mesmos, que magoaram gente(s) em nosso passado: são as conseqüências... “havendo” (com gerúndio e tudo). Nos restam resignação e o entendimento de que pessoas não são brinquedo. E que uma boa maneira de evitar tais sofrimentos seja o bem agir.

P.S.: tô fazendo a minha parte... espero que daqui pra frente as coisas melhorem.


19.10.06

Se melhorar, estraga


A intenção estava à mostra. Mesa posta... sim, mesa! Aquele negócio de comer no centro da sala já era... agora tenho uma mesa. Comprei de metal preto, com tampo de vidro igualmente preto e cadeiras pretas. Instalei uma luminária sobre o jantar. Arrumei os pratos laranja pra que completassem a cena. Ainda tinha uns copinhos de japa pra saquê.

No jantar teríamos sushi. Eu mesmo fiz! Sempre soube fazer. Aquele arroz tipo “todos juntos agora” que eu fazia era um indício da minha real vocação: sushiman! Agora, com o tipo certo do arroz, e o restante dos ingredientes vendidos bem perto da minha casa, vou acabar me especializando nessas iguarias nipônicas.

Na hora marcada você chegou. Não desconfiei de nada, apenas da sua cara um pouco embaçada, lembrava aquele quadro de carvão sobre tela que tem no quarto, estranhei um pouco a sua pontualidade, ce nunca foi disso. Estavas linda, como sempre. E eufórica, me pediu pra buscar suas “coisas” no táxi. Desci correndo e, claro, paguei a corrida. Quando subi, ouvi barulho de chuveiro. Automaticamente me escalei para o banho a dois. Esse é o único jeito de você ficar ainda mais bonita, no banho. A gente voltou à sala de roupão, mesmo: um preto e um branco. Peguei o sushi na geladeira e o saquê no freezer... completamos a cena.

Esperei você dizer que o sushi estava muito bom, pra só então dizer que eu o fizera, você duvidou, claro, mas no fundo sabia ser verdade. Como sabia que aquele seria o primeiro de muitos jantares àquela mesa, e que nossos mundos, enfim, estariam completos.

Tudo estava perfeito: da comida à mulher... até que meu celular tocou. Era Enéas, chamando pra tomar cerveja no Confraria! Pois é... depois disso, olhei pro canto da sala onde deveria estar a mesa e só havia algumas almofadas... era tudo sonho! Mas um dia...

P.S.: claro que fui tomar as cervejas com meu amigo, mas já cheguei brigando com ele por me telefonar em hora imprópria.

15.10.06

Adequação

Tem música pra todo tipo de situação.

Essa de seu Jorge (Tive Razão) é uma delas, ou melhor, é ela!

Faça o download da última música do compartilhamento:

http://www.4shared.com/dir/975161/fc4f118a/sharing.html,

ou aqui
Tive razão.

Abçs,
Ás.

P.S.: nunca havia tocado esta música, mas ouvi um amigo numa festa na sexta, e achei que caberia na atual conjuntura!

10.10.06

Entre galos e borboletas


Tenho amanhecido assim. Não sei há quanto tempo, nem mesmo sei se o tempo tem alguma coisa a ver com isso. Uma década não quer dizer nada pro caos instalado em minha mente se dissipar e atingir um rumo, um sobrado sem eira, mas com janelas para poder avistar os reflexos do sol nas varandas vizinhas.

Tenho me sentido assim: não bastante seguro para enveredar por uma outra estrada, e não inseguro o bastante para desistir. Mais um conto que desponta e desprende-se como um corpo sem gravidade e sem propulsão. Com intenções esdrúxulas de alterar inércias e caminhos. Com esperanças toscas e destroçadas pela solidão.

O som da ave é assim, constante e protetor. E só consigo ouvi-lo porque não tenho sono. E só consigo enxergar as asas rígidas e irritantemente simétricas dos lepidópteros porque geralmente há Lua. Sem isso não haveria sentido a espera pela madrugada. Não há história. Não existe deslumbramento, só remorso.

9.10.06

É melhor só observar

Depois de um longo tempo sem festas (e as festas da “laje” eram de tirar o fôlego), a comemoração pelo reencontro dos companheiros de partido, após a eliminação do seu candidato do pleito eleitoral foi marcada, como sempre, por churrasquinho de gato e cerveja, muita cerveja. Afinal, a vida continua, candidato.

Eu, como todos os demais, já havia passado da sexta lata de cerveja e devorado três gatos completos, pelo menos. Até que Claudinha, achando que a bagunça tava pouca, chamou Marcinha (ah... a marcinha) e mais três ou quatro remanescentes, incluindo este quem vos escreve, para “esticar” até a sua casa. Apartamento gigantesco na zona sul (o meu inteiro caberia na sala dela). Eusébio, um novato goiano, que estava tentando a vida aqui pelo Nordeste, ouviu o convite e se escalou para ir junto. Ninguém o conhecia muito bem, principalmente depois de estar com aquela quantidade de sangue no seu álcool, ou será álcool no seu sangue? Não importa. Como bom observador, fiquei na minha, enquanto os mais “altos”, como Eusébio, balbuciavam coisas indecifráveis, motivo suficiente para deixá-lo de fora da farra. Mas o pensamento geral não era excludente, e fomos todos à referida casa, após uma paradinha estratégica pra comprar cervejas e brebotes (num sou muito velho não, mas escuto os sábios e experientes). Já passava da meia-noite, mas o ânimo estava apenas começando. Logo na chegada, os que ainda tinham alguma noção de perigo, acharam que Claudinha pusera a música alta demais. Ela disse que era “normal”, altas festas ocorriam no prédio até amanhecer: muito forró e mais forró.

Confesso que não sou um mal dançarino, até já houvera ganho um concurso, quando tinha 17 anos (boa época), e as meninas descobriram isso. Todos dançamos até dar uma dor. O problema foi que os elementos álcool, som alto e exibições corporais (a dança pessoal, a dança), são uma combinação um tanto “estigatória”, para alguns. Acho que foi isso que influenciou Eusébio.

Lá pras tantas da manhã, ninguém mais viu o cara, sumiu, danou-se! Algo ocorrera. A dona da casa estava irada, gesticulando e contando tudo pra Zeca, que tinha saído da varanda pra pegar umas cervejas na cozinha. E Zeca foi o único que soube o que realmente aconteceu. Ficamos apenas com um pedido de desculpa, por parte de Claudinha, imaginando o que significavam aqueles gestos. Mais ou menos às quatro da manhã, atinamos que Eusébio, apesar de ter feito algo que provavelmente não aprovaríamos, teria saído andando, por um bairro não tão seguro assim. E o que é pior: sem conhecer nada do lugar, pois morava na zona norte há poucos dias. Fizemos então o que a consciência nos mandava: equipe de busca e salvamento.

Só depois de meia hora procurando pelo cara, consegui atinar para o fato de quem estava precisando mesmo de uma equipe de busca e salvamento era eu, que estava no carro com Marcinha, cujo motorista, Rodriguo, era o maior dos alcoolizados. Após algumas barbeiragens e zigue-zagues na avenida principal, decidimos ir pra casa (cada um pra sua).
Demos graças por chegarmos bem... e aguardamos, até hoje, alguma explicação do que aconteceu no evento!


P.S.: Quer saber? Cada um com seus problemas, por ora vou vivendo com as cervejas e os forrós, mas só observando.

3.10.06

Compartilhamento

Existem sites na net que são repositórios de arquivos. São como os blogs, mas podemos "hospedar" arquivos, dos mais diversos, como: músicas, vídeos, programas, etc. Com a vantagem de disponibilizarem, no próprio site, players para "tocar" as diferentes mídias.

Achei um desses e coloquei algumas músicas... segue o link para o meu drive virtual.

Se quiserem fazer o SIGN-IN, é fácil e rápido. A versão FREE tem 1 GB livre.

http://www.4shared.com/dir/975161/fc4f118a/sharing.html

abraços,
Ás

P.S.: o site é o www.4shared.com