24.10.05

Votação inerte

E mais uma vez a maioria decide pela violência. É natural. Os milhares de anos vividos pela raça humana como animais dominantes, não poderiam ser mudados em um único dia, através de uma votação em que, novamente, por outra verdade absoluta da vida, o poder econômico – que usa o terror psicológico como arma – conseguiu impor vontades e evitar o pontapé inicial para um mundo com menos mortes por armas de fogo, pelo menos.

Não há, na nossa história, períodos de paz absoluta. Quando não foram os chineses contra os hunos, eram os romanos contra o resto do mundo; os alemães em apologia a si mesmos; os franceses como loucos conquistadores ou os americanos que não suportam, sequer, vislumbrar a riqueza de outra nação. Isso é o homem, seu retrato, e sua maldição de se sentir inferior e indefeso contra o seu maior inimigo, ele mesmo, egoística e maldosamente carrasco da sua espécie, cultuando o uso de armas de destruição ao invés de lições de paz e união.

No Brasil não poderia ser diferente: propagandas de “premonições” em que se via bandidos dominando os “seres inferiores” por não possuírem revólveres para a sua defesa, minaram suas concorrentes em que se mostrava que, na realidade, a maioria das mortes dos indefesos, acontecia pelo uso das mesmas armas que deveriam defendê-los.

Perdemos a chance de iniciar o caminho para um país menos reacionário e cruel, também, talvez fosse pedir demais, já que a maioria que vive aqui é assim mesmo, medrosa e violenta (comportamentos que se mostram mesmo quando munidos de armas de fogo).

P.S. Deus abençoe a todos

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