A verdade veio à tona
Em campos sem cheiro e sem cor
Porque na vida se engana
Quem acha que existe o amor
Aos olhos de quem os via
Nada parecia faltar
Ardência pra noites frias
Demência pra relaxar
Os dois em um se fundiam
Na pele, o mesmo tom
Na boca, o mesmo riso
No sexo, o mesmo som
Um querer que não via dias
Nem noites, nem padecer
Há quem diga que um queria
Muito mais do que podia ter
Enfim nem a astrologia
Cartas, exames de grafologia
Nem a vidente que tudo via
Sobre isso ousou prever
Não mais havia sorrisos
Sem ambos, a festa acabou
Como em carta de alforria
Um se foi, do outro se libertou
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