Se a vida que me deste, não quisera
Se os laços do meu canto, desprendera
Sem mastros, sem ventos, com sequelas
Viver já não devera, nem pudera
Na faca a percorrer minha janela
Que ao centro do teu peito remetera
Sem sequer ter abrandado as mazelas
No fogo da desgraça me mantera
Não passa essa presença que me enterra
Não vejo mais nem graça, só revés
Assumo a certeza que pudera
Amar sem arrastar-me aos teus pés
Teu nome em meu silêncio se propaga
Não passo de lembranças da sacada
Agora que o suplício acabara
Não tens mais minha mão, nem minha fala.
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