21.12.06

O casamento do Morcego – parte II – A festa


Fomos os primeiros a chegar, claro… escapamos do engarrafamento no gigantesco pátio em conflito com o minúsculo portão da igreja! Estávamos na loja de conveniência, lembra? Os três coolers que eu tomei já me deixaram mais leve, exceto o pé! Esse ficou mais pesado. A avenida Agamenon fica muito convidativa à velocidade nesta hora, exceto por aquala maldita lombada eletrônica, que eu juro que se me fotografar outra vez, vou processá-la por uso indevido de minha imagem!!!

A casa de recepção não era muito fraca, não. Talvez uma das melhores do Recife, num bairro tradicional, e montada nos fundos de um imponente casarão na rua Benfica. Obviamente, a “casa grande” foi mantida irretocável para garantir o bucolismo luxento a que os pais da noiva têm direito, além das tradicionais fotos: salão, escada, espelho, poltrona, etc.

O bom de chegar primeiro a esses eventos, é que, além de escolher a mesa, vimos todo mundo chegar, e todos(as) também nos viram, ou seja, o que tiver de acontecer, não deixará de ser por falta de contato, pelo menos o visual.

Chega a ser engraçada a cadeia cíclica que envolve casamentos em uma turma de infância. De nós, fui o primeiro a casar, e Morego é um dos últimos. Mas o que antes era a mesa dos solteiros, hoje é a dos separados, com uma pequena variação na mesa dos casais, que, ora tem mais, ora tem menos gente… aí está “o equilíbrio da força” que rege a sociedade (profundo isso, não?).

Não só o lado masculino da situação pós-divórcio estava representado. A alguns metros da nossa mesa, havia outra, a das amigas da noiva que, na última década, também tiveram seus casamentos desfeitos. As “separadas” (parece letra de funk), eram mulheres bonitas (a produção ajuda, mas suas essências estavam à mostra). Tatiane estava lá… linda como sempre, e me esnobando, como nunca!

Na adolescência tivemos um affair... daqueles de verão… chegamos a namorar, já como adultos, mas motivos injustos como trabalho e mudança nos afastaram. Esses relacionamentos mal resolvidos sempre deixam uma ponta de conversa para uma outra ocasião. Seria hora da “ocasião”? Não tinha certeza… quando a olhei ela apenas descreveu um arco com a mão em palma, e, se minha leitura labial não estiver enganada, disse um “oi”, mudo e demorado, como quem preferisse que o nosso contato naquela festa fosse restringido àquilo… pelo menos até a hora que tocou forró!!! :)

Procurei-a na mesa, mas, já decepcionado por não achá-la, me virei e… adivinha quem tava na minha frente, da minha altura (o salto ajudou, pra variar), linda como sempre, e chamando pra dançar? Raquel… ora, quem não tem cão…


P.S.: a festa foi boa sim, muito boa, boníssima!!!

11.12.06

O casamento do Morcego - parte I - A cerimônia


Pessoalmente, acho que é muito sadismo chegar cedo ao casamento de um amigo. Esforcei-me pra chegar à igreja quando todos já estivessem dentro, inclusive a noiva. Mas confundi os horários: cheguei às 20:40, pensando que o enlace (bonito isso!) começaria às 20. Ledo engano, estava marcado no convite às 20:30, mas a nubente (tô meio antigo hoje...) só chegou perto das 22.

Não sei quem inventou essa onda de que a noiva deve atrasar. Dizem que é chique. Acho que não é muito legal pra quem tá num terno quente, num recinto pequeno, lotado (todos os 300 convidados) e com sede, tive que tomar um copinho d’água, que fica num barato de inox para os padrinhos. Acho que a organizadora não gostou muito. Calor batendo no juízo, suor escorrendo pelo interior do terno (filho único e figurinha carimbada em tudo que é casamento e formatura).

Quando as trombetas soaram pensei que já tava ouvindo sons estranhos, devido à desidratação, mas não! Eram os padrinhos entrando. É uma música pros padrinhos do noivo, outra pros da noiva, para a mãe, noivo, outra quando a noiva aponta no portão e outra quando começa a andar... isso cansa! Se eu casar de novo quero todo mundo entrando numa música só, um frevo!

Valeu à pena! Érica estava lindíssima. Foram 10 anos de namoro, que não denegriram sua beleza, já o Morcego – Henrique – (quando recebi o convite fiquei algum tempo tentando lembrar quem era Henrique. Conheço ele há mais de uma década e pra mim ele sempre foi Morcegão), engordou um pouco (quem não engorda?), mas ainda é um cabra bonito.

Havia alguns dos amigos descasados na cerimônia, e, estrategicamente após termos sido filmados (pra marcar presença) fomos pra uma loja de conveniência tomar uns coolers antes de irmos à recepção na Blue Angel... a festa prometia...

continua na festa...