8.11.06

Da carne ao dancing


Quebrar a barreira do som é fácil. Qualquer um que tenha acesso a um jato supersônico pode fazer isso sem muito esforço, basta ultrapassar 1.224 Km/h, aproximadamente, e pronto! É uma questão física. Não sentimental, ou comportamental, para ser preciso. Difícil mesmo é quebrar a barreira do silêncio. Desconfortável é estar em um local onde nunca se esteve antes, com gente que nunca vimos e, ainda assim, ultrapassar os limites da timidez.

Após um churrasco que durou o dia todo, regado a vodca e Sapupara (em que nível chegamos?), e uma parada na praça de Casa Forte (Recife) pra dar uma olhada no show da Fim de Feira, resolvemos, eu, Roberto e Sávio, meu primo, dar uma passada em um barzinho desses badalados. Esses lugares onde tem muita mulher bonita, ou melhor, só tem mulher bonita.

Estávamos como no churrasco: tênis, bermuda, camisa e boné. Até então não havia percebido que as pessoas naquele ambiente pareciam recém chegadas de um casamento, tal a “beca” exibida. Os porteiros não nos proibiram de entrar usando aqueles trajes (claro! Pagamos o ingresso, né?). Quem estava tocando era Geraldinho Lins. Não é que o cara tem música gravada por tudo que é cantor famoso... um dia ele ainda vai fazer sucesso em todo Brasil.

Logo na chegada fomos pegar um uísque pra manter o nível em que aquela barreira supra citada, fica translúcida, e na seqüência a vimos: alta (maior que eu, o salto ajudou), morena, cheirosa (fato só constatado depois) e arrumada. Pensei que nunca algum de nós iria conseguir dançar com ela, devidos ao estado maltrapilho que nos encontrávamos (tinha gente até de terno).

Pra mim foi uma pena que Roberto tivesse me dito que iria chamá-la... minha intenção era exatamente esta, mas, em respeito ao seu pronunciamento antes do meu, fiquei apenas observando, como sempre... pra minha surpresa e de Sávio, Bob conseguiu dançar com a deusa, e mais que isso, aparentemente estavam conversando... e mais! Ao final da noite ele conseguiu até seu número.

Esse episódio nos encheu de coragem. Não parei de dançar o resto da noite, ou melhor, madrugada. Foi uma boa farra, dispendiosa (“doze conto” a dose de uísque), mas valeu como experiência. A semana que se seguiu foi difícil pra Bob. Aflição e incerteza na espera da coragem pra fazer a tal ligação: o que dizer? O encorajamos muito, mas sem o subterfúgio alcoólico não deu para Roberto keep walking...

P.S.: até hoje ele passa horas falando sobre o cheiro dela.

8 comentários:

Anônimo disse...

;)
q saudades eu renho do Recife......
ôxente!!!!
um abraço de Portugal
ana

Anônimo disse...

Vamos fazer campanha então: LIGA ROBERTO!!!!
Vim te desejar um final de semana repleto de coisas boas, energias positivas e desejos realizados.
E que tal um strip-tease? Passa lá em casa... Tô te esperando!
Beijo no coração...

“Decifra-me... ou devoro-te... Arrisque-se se for capaz.”

Flávia disse...

Putz.. já pensou que ela pode estar esperando até hj... "o roberto... liga vai, não custa nada tentar, né?"
Beijossss

Anônimo disse...

Olá.....

Não creio que um baita homem desse tá com medo de uma ligaãozinha de nada....
Diz pra ele que nem dói....e que o não tá sempre garantido.....
Rsss...
Bjs....

Anônimo disse...

Realmente, a mulher pode estar esperando, mas as vezes os homens tambem tem medo de keep walking... Ah adorei isso, adorei seu texto.
Beijos,
Camille

Jim Ritz disse...

Coitada da moça, esperando até hoje...

Enche a cara dele de novo!

Jim - http://umdiadavida.blogspot.com

Anônimo disse...

Surpresas boas!
Beijinhossss

Anônimo disse...

Passando pra desejar ótimo restinho de semana. E um lindo findi também!!
Ah! Atualizei o Decifra-me. Passa lá?
Beijo no coração...

“Decifra-me... ou devoro-te... Arrisque-se se for capaz.”