1.11.06

Histórias que começam bem também acabam


Horácio (sim, ele tem nome de estória em quadrinhos), não entendeu nada quando Keyla (sim, ela tem nome de cantora de brega) pediu o divórcio. Afinal, eles já estavam casados há quase 16 anos, tinham três filhos e uma vida estável. Além do mais, apesar do tempo de casados, ainda eram jovens (38 e 35), bonitos e intelectuais de direita. Ele, advogado, mais na frente conto um caso que retrata sua personalidade. Ela, química, mas já estava sem emprego há alguns anos.

Onde eu entro nesse conto? Não sei bem porquê, mas Keyla “cismou das pregas”, ou fez bamborim com os nomes dos amigos, e o meu deu “na cabeça”, que eu era bom pra dar conselhos. Talvez por ser experiente nessa história de separação, ou sei lá o quê? Marcamos um almoço (sushi) e falamos sobre as intenções dela de mudar de ares e, quem sabe, até de cidade.

Bom, o lance com Horácio foi o seguinte: estávamos em um restaurante no Centro do Recife, e na hora de pagar a conta, a moça do caixa deu o troco a ele, foram algumas moedas e um bombom, desses do tipo Xaxá... pois bem, o cara, todo vestido de advogado, respondeu pra coitada, com o “tato” comum à classe:

− Não cidadã! Não quero esse bombom, prefiro os cinco centavos de troco.

E a moça respondeu com toda a paciência do mundo.

− O bombom é cortesia senhor.

Horácio procurou, literalmente, um buraco no chão pra se enfiar, e os amigos, inclusive eu e Keyla, passaram o resto da tarde rindo sem parar. Até aí tudo bem, pois esse traço de personalidade do cara já era conhecido, e sua esposa (ou ex-esposa) até achava graça dos seus foras.

O problema, segundo a própria, foi que o “balde transbordou”. A última gota fez com que o que antes era engraçado, se tornasse insuportável e o racha na relação foi inevitável. A princípio tive um pouco de pena. Por ele, pelos filhos, pela sociedade... mas depois, comecei a achar que a vida para aquelas pessoas ainda não havia chegado à metade, e que passar mais cinco ou dez anos infelizes não iria enriquecê-los. Se têm que se separar, o façam, e o façam com cordialidade e respeito, principalmente com as crianças.

Estarei sempre por perto quando qualquer um dos dois quiser conversar. E continuarei a ter meus almoços com Keyla e Horácio, torço por eles, mas agora de forma individual. Tenho certeza de que a felicidade, que por hora se esconde nas entrelinhas da fase de transição (divórcio), virá “dicunforça” para ambos, meus amigos.

P.S.: pronto! Mais um pra alugar casa no Carnaval 2007!

12 comentários:

Anônimo disse...

Antes só, do que mal acompanhado. Ou melhor, antes separados do que juntos pela metade.
Mas mudando de assunto, você acredita em vampiros??
Se você acredita ou não, passe lá em casa. Tenho certeza de que vais mudar de idéia.
Bom final de semana pra tu!!!
Beijo no coração...

“Decifra-me... ou devoro-te... Arrisque-se se for capaz.”

Anônimo disse...

Gostei imenso.
Essa coisa de separação é complicada ou nós que a complicamos.

Beijinhosssss

Anônimo disse...

Bom dia......
E qd o balde transborda...rssss
Gostei...
Rsss...
Bjs...

Flávia disse...

Pra que protelar o inevitável... com isso todo mundo acabaria sofrendo muito mais do que já se sofre... mas nem sempre é fácil tomar esse tipo de decisão... e muito menos compreende-la...
Grande beijo e uma linda semana!!!

Angela disse...

O divórcio não é uma decisão fácil. Mas manter uma vida com um relacionamento que já não nos faz feliz não tem sentido nenhum. Nem para o casal nem para eventualmente os filhos, pois estes também se apercebem do mau ambiente entre os pais.
Manter a cordialidade após o divórcio seria o ideal embora nem sempre seja possível...

Agradeço a tua visita ao meu cantinho e o comentário que lá deixaste.

Beijinhos.

Anônimo disse...

Acho tão complicado esse lance de separação, desgastante, sofrido, triste, trabalhoso, aff!
Pelo menos terá mais um pra rachar as despesas da cerveja,rss
lindos dias
beijosssssssssss

Anônimo disse...

Que texto legal.Curto, bom astral, para falar de uma coisa tao dolorida como as questoes de casais que nao mais serao.Vide "Gianequine e Gabi", que "triste". Gostei do lance, nao quero o bombom, quero o troco, mas aquilo era cortesia. Tadinho do Horacio, tao sempre querendo passar a perna na gente com uma balinha, ele ate que tem razao.
Bjos e obrigada pela visita,
Camille

Anônimo disse...

Passando pra desejar uma semana linda, cheia de energias positivas.
Aproveito também pra avisar que tem post novo no Decifra-me. Te espero lá, ok?
Beijo no coração...

“Decifra-me... ou devoro-te... Arrisque-se se for capaz.”

Anônimo disse...

uma pena o que aconteceu com horácio e keyla ... uma graça o bom bom de cortesia ... kkk

anuska

Anônimo disse...

ah! eu de novo .... é que não tinha aparecido o lugar para eu assinar, porque eu detesto ser anônima!!! sorte para keyla e horácio!

Anônimo disse...

:)
Vejam só o que um bombom pode fazer
:)
o pior é quando o balde em vez de transbordar vai crescendo com o liquído turvo lá dentro
:)

Bel disse...

Aff, que a felicidade se esconde meRmo... E eu tô aqui há um tempão percurando a dita, e ela não aparece nem de leve, quanto mais dicumforça...