31.8.07

Vândalos

Quem não curte palavrão que me desculpe, mas não há outra forma de expressar... naquele carnaval, em Olinda, tava um calor do caralho! Estimo que não marcasse menos que 50ºC. Os motivos eram simples: 50 mil pessoas se espremendo na ladeira de São Francisco e nenhuma nuvem no céu do meio dia. Tumulto. Um monte de super-heróis e super-vilões lado-a-lado na farra, a maioria, bêbados. Desfile do bloco “Enquanto Isso na Sala da Justiça”.

Agora, depois de passado o simulador do inferno, vejo que aquela providência que eu e o “corda” Douglas tomamos foi acertada e irrepreensível, embora nossa fama, decorrente daquele ato desesperado tenha sido mal interpretada e vista como “vandalismo” pelas pessoas que não se sensibilizaram com nossa causa.

Ao passarmos por uma obra de restauração do piso em frente à igreja, arrancamos um (único e singelo) tapume de proteção. Com o cuidado de retirar os pregos remanescentes pra evitar acidentes. Pois é, a sombra gerada pelo bloco de madeira foi instantaneamente aprovada e absorvida pelos que estavam ao seu entorno, que, inclusive, ajudaram a carregar seu peso.

Andamos uns 80 metros quando percebi que a “proteção solar contra os raios UvA e UvB” que retiramos da obra, já havia sido tirada de mim também, ou seja, já andava com suas próprias pernas (ou mãos, como queiram). Os olhares de repreensão dos transeuntes já não recaíam mais sobre nós, os mentores do “alívio solar”.

Ao chegarmos na praça do Carmo, vieram nos dizer que “uns vândalos haviam arrancado TODOS os tapumes das obras de recuperação dos patrimônios históricos de Olinda”... nós, vândalos? Foi apenas uma questão de sobrevivência!

P.S.: ô povinho fofoqueiro!!!

Um comentário:

Mack disse...

Você é MUITO alterador, rapaz! Nunca mais faça isso, viu? Mas a sombrinha do tapume foi mesmo vital naquela hora... heheheheh

b.b. Todo dia!