Do outro lado do vale, na direção que, provavelmente, é o mar, o acúmulo de nuvens já poderia ser visto, caso alguém estivesse no alto da montanha. Todos estavam aqui em baixo, esperando os tambores, esperando a viola, aguardando a magia.
O cenário parecia a TRANSFIGURAÇÂO de uma película
A essa altura você poderia pensar que eu estava completamente bêbado, ou coisa pior... mas não! Havia tomado apenas uma dose de uísque para espantar o frio, que se tornara dispensável, ante o calor das alfaias e dos saltos soltos dos co-astros da noite (ou o público).
Até então a garoa havia aumentado um pouco de intensidade, mas chuva mesmo, ainda não! Até que os tambores de “chover” começaram a rufar, “bombo trovejou a chuva choveu”, como diria o protagonista desse show.
O caldo entornou, o boi atolou, a lama nasceu, a ema gemeu... choveu!
Choveu muito, bem na hora do refrão. Ninguém arredou o pé da frente do palco. Era como se a chuva abençoasse os fãs de Lirinha com algum consentimento superior. Era o Quarto show do Cordel do Fogo Encantado que eu via, e nos quatro CHOVEU!
P.S.: espero, com a permissão do Senhor, voltar a Arcoverde no próximo São João!
Um comentário:
E eu espero, com a permissão do Senhor, estar mais uma vez ao seu lado, me encantando com a magia do fogo, sentindo a magia da chuva.
B.B.
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