14.9.06

Cazá, cazá... e descasar!


Ô raça essa humana! As diferenças entre os tipos de pessoas e mentes encontradas num casamento, ou em uma “corrida de ônibus” (capotei com o carro semana passada, tô de busão) são incomensuráveis. Nas outras espécies os padrões de comportamento e reações ante aos fatos são repetitivos e esperados, por exemplo: a drosophila Melanogaster (mosca da banana), sempre será atraída pela luz-azul-mata-mosca, não importa quantas gerações passem, elas repetem o mesmo erro dos seus antepassados. O homem, não! Esse tem o poder de aprender com seus erros e, em muitas ocasiões, de errar de maneira diferente, inovadora mesmo. Mas ainda há os que erram do mesmo jeito!

Jorge e Sabrina saíram de um casamento desgastado, muitas vezes por pequenas desavenças, coisas que poderiam ser evitadas. O embate que, segundo Jorge, deu origem ao divórcio foi a batalha travada entre seus times de futebol. Um era tricolor e a outra, rubro-negra, coisa que na época de namoro servia até para gerar um carinho extra quando o perdedor ficava triste, pelos cantos, e o vencedor aumentava a dose de carícias como compensação. Dava até em cama, na maioria das vezes.

Depois do casamento essas demonstrações de afeto-pós-partida foram esfriando, esfriando, até que cessaram de vez. Até aí tudo “normal”, nada de sobrecomum, nesta sociedade em que as uniões têm o status de monótonas e que os cônjuges não fazem muito esforço para mudar essa máxima.

Depois do quarto título seguido do time de Sabrina, justo em cima do arqui-rival, o time do Jorge, um clima insuportável de superioridade se instalou em casa. O coitado não podia dizer nada, que ela já rebatia: “e aquele golaço!” ou, nos piores casos: “time de Mané, é time de Mané!”. Acabaram.

O que surpreendeu Jorge, não foi saber que Sabrina havia casado de novo, seria natural, claro. Afinal, ele mesmo já estava “amarrado” novamente. O que chamou a sua atenção, naquele encontro no shopping, domingo à tarde, meia hora antes do jogo, foi ver Sabrina de mãos dadas com um tricolor. “Tem gente que não toma jeito mesmo”, pensou.

9 comentários:

Anônimo disse...

Obrigada pela visita ao meu blog e volte sempre, tá? By the way, adorei o seu blog...visita garantida! Bjus.

Anônimo disse...

Bom dia.....
É...mosca é mosca..será sempre mosca....
Rsss...
Bom findi....
Bjs...

Tina disse...

Adoro "discussões futebolisticas"- apimentam/destroem qualquer relação.

beijos TRICOLORES.

Luci disse...

drosophila é minha conhecida desde os tempos de colégio...rs!!! nunca esqueci da burrinha!
mas penso que tem alguns "ceresumanos" que se superam a cada erro!
aliás, não sei se foi Freud, mas deve ter sido, que saiu com aquela de que nós vivemos repetindo os modelos dos nossos pais, avós, amigos, tios, primos...rs!!!!
bjs!
bom final de semana!

Laura_Diz disse...

Divertido e bem escrito. E vc está bem? não se machucou?
obrigada pelos cumprimentos :)
bj
laura

Unknown disse...

Interessante...eu não entendo nada de futebol, mas meu ex marido não torcia por time nenhum e nem via futebol...e mesmo assim a relação acabou...
Obrigada por sua visita em meu blog e tenhas um ótimo domingo...

Luma Rosa disse...

hahahaha tem gente que gosta de sofrer!! Quem sabe ela não gosta de uma disputa?? Separou-se do Jorge porque perdeu a graça, seu time ganhou...Boa semana! Beijus

Flávia disse...

Passei aqui para agradecer a sua visita lá no Carícia... mas nao resisti a ler seus textos... todos... sem excessao... adorei este cantinho... estou correndo lá pra te linkar...
Grande beijo e um ótimo dia!!!

Anônimo disse...

hauahauhauhaua
isso me lembrou qndo eu ficava enchendo o saco d um ex, que era flamenguista, só para me divertir, pq eu n gostava de futebol..uma vez o goleiro fez um gol contra (imagina o mico)...enchi tanto a paciência dele q, por uns minutinhos, eole ficou sem falar comigo..
..mas eu ri a beça...hauahua