15.8.06

A retomada das investidas de Glauber Calazans


Glauber saiu de casa sem muitas pretensões, afinal o estado de recém-separado ainda não lhe era confortável o bastante para se enveredar em busca de uma nova paixão! Só queria sair com os amigos e espairecer um pouco. Marcinho e André o chamaram para ir a um pub novo, desses que têm armadura de templário num canto, escudos nas paredes e um salão com jogo de dardos. Chegaram lá às dez e meia. A indicação foi de André, já que na semana passada tinha se dado muito bem com uma loira falsa na mesma casa. No caso dos dois amigos, nada de excepcional. Eram solteiros e não tinham filhos, mas Glauber tinha um problema sério nas novas conversas com futuras pretendentes: nunca mentia.

As circunstâncias matemáticas favoreceram a paquera dos “cavaleiros”, naquela noite. Duas mesas depois da deles, havia três mulheres aparentando a idade que realmente tinham, entre 30 e 35 anos, e o que é melhor: “dando mole”. Marcinho, mais desenrolado, propôs logo uma abordagem direta, perguntando se poderiam sentar com elas. Glauber nem acreditou, mas as moças toparam, agora devia ser assim a abordagem típica dos adultos. Na “sua época” não era tão fácil... bom, é melhor se adaptar.

Como as três pareciam irmãs ou primas, tal a semelhança física existente, os pares que foram formados aleatoriamente, não deixaram ninguém com a sensação de “perda na negociação”. Em menos de dez minutos, os dois amigos de Glauber já estavam beijando as garotas, enquanto o mesmo só observava, perplexo, aquela cena relâmpago. Não que ele fosse desinteressante. As mulheres até o achavam atraente, mas a falta de prática numa simples paquera, devido ao longo tempo de relacionamento com Mônica, o deixou sem time pra essas investidas.

Na verdade, se não fosse por Clarice (a "parente" que conversava com Glauber), aquela relação teria acabado na mesma noite, porém, ela resolveu investir na árdua tarefa de extrair daquele poço de timidez e insegurança, alguma coisa boa, um “relacionamento", talvez.

No outro dia ela ligou e marcou um jantar em um restaurante japonês, pensando que estimularia o cara a, pelo menos, “comer com os pauzinhos”...

continua...

Um comentário:

Anônimo disse...

Mentira 1: glauber mente.
Metira 2: ele não é tímido.
Mentira 3: ele nunca perdeu a prática da paquera.

Verdade 1: ele é atraente.
Verdade 2: se alguém vai extrair um relacionamento dessa história, será ela.
Verdade universal: eu estou com muito ciúme!

Mas siga em paz! Tentarei não vir mais aqui pra não precisar saber o final dessa história.

PS.: Não sou a Galega, sou a morena!