16.3.06

O Céu está perto?

Ninguém sabe ao certo quando ocorreu o desvio na criação católica que Carlinhos recebeu dos seus pais. Talvez os valores demonstrados em relação ao amor e à amizade tenham sido absorvidos em parte, porém, quando se tratava de assuntos monetários, o que se via era um menino que negociava até os centavos para levar vantagem em tudo, sempre!

Quando tinha quatro anos ele contabilizava em quantas lambidas um pirulito acabava, para cobrar proporcionalmente aos coleguinhas do jardim da infância. Exigiu do pai uma caderneta de poupança aos seis anos de idade, e até bom dia o garoto queria cobrar aos tios para encher seu “cofrinho”! Por isso que ninguém estranhou quando, aos 11 anos, ele pediu R$ 50,00 para fazer a declaração do imposto de renda pela de sua avó, pela internet. Ainda teve gente que achou esse ato “bonitinho”!

O que ninguém esperava, era que sua opção para a universidade tivesse sido Assistência Social, e não Economia ou Direito, como todos pensavam, inclusive os macumbeiros e jogadores de búzios, que disseram o mesmo que os testes vocacionais revelaram: Economia (1ª opção), Direito (2ª).

Mais tarde, depois das solenidades de formatura, Carlos sumiu. Nem no Orkut ou no MSN sabiam dele. Marcamos várias e várias reuniões de ex-alunos do terceiro ano, mas as cartas e recados que chegavam à sua família não geravam resposta, era como se a própria família quisesse o esconder.

Hoje fui procurado por um assessor de um candidato a prefeito de Buíque, cidade do sertão pernambucano, que pediu orçamento para a criação da campanha do pastor Carlinhos para as próximas eleições. Quando dei uma olhada no material fotográfico para a campanha, tudo se esclareceu. Reencontrei o meu velho amigo Carlos e as coisas se encaixaram como tinham de ser...

Os anos de preocupações monetárias na infância, lhe renderam subsídios para a criação da Igreja da Renovação Evangélica Cristã, nas cidades interioranas, e o curso de Assistência Social lhe garantiu o cunho social necessário para o desenvolvimento do bom caráter político, espero.

Não aceitei fazer a campanha do meu “amigo” pastor Carlinhos, mesmo porque ele queria pagar a criação e produção das peças publicitárias com uma vaguinha no Céu... desse jeito não dá Carlinhos! Que você seja pastor, político, policial ou advogado, mas que considere a possibilidade de crescimento das outras pessoas ao seu redor, e preocupe-se também com o seu futuro, com suas ações, e cuidado com o “lado negro da força”!

3 comentários:

Mack disse...

Pense num rapaz sabido!
Mas pode ser que Carlinhos seja um "enviado" de Deus para ajudar a humanidade a salvar suas almas. Nada melhor do que fazer isso em cargos públicos, não é? Pena que ele tenha oferecido um pagamento tão desnecessário pra você, que já guardou há muito tempo sua vaguinha no céu. heheheheeheh

Te amo - por toda a eternidade.

B.B.

Mônica disse...

vim agradecer a visita ao Diário e conhecer teu canto

e como temos Carlinhos espalhados por aí...

grande beijo

Márcia disse...

O maior investimento hoje em dia é ser "um honrado pastor" aliado ao "ótimo assistente social" assim fica perfeito na políticagem. Nossa! esse Carlinhos foi enviado dos céus[ou não?]estava escrito,rssss
Linda semana,
beijossssssssssss